sábado, 22 de maio de 2010

Instabilidade que dói no Bolso

 Ter uma alimentação saudável está ficando um pouco mais caro. As fortes chuvas que vem ocorrendo desde o verão e a instabilidade do clima tiveram grande repercussão nos preços das hortículas, ou hortifruti, como são conhecidas. Uma pesquisa realizada pelo Disque-Economia revelou que os aumentos dentro do último ano variaram entre 50% e mais de 160%. Os produtos que sofreram as maiores altas foram os mais populares como a batata, o chuchu, e o pepino que foi o campeão de reajuste com 169%.
  O problema começa na lavoura. Quando o clima fica instável e apresenta grande volume de chuvas ou geadas intensas, grande parte da produção destes alimentos acaba sofrendo danos. São situações como queda na qualidade dos frutos, quebras no volume, ou até perda total produção. Aí entra a lei de oferta e procura, e os preços sobem. Quem paga com isto é o consumidor, que acaba tendo que substituir o produto que iriam comprar por um similar ou até desistir da compra, como a estudante Cinta Aleixo. Ela conta que se o valor estiver acima do normal ela deixa de comprar e acredita que os agricultores “saiam no prejuízo, pois se o preço sobre é porque a produção caiu e com o aumento de preço a população deixa de comprar”. Diferente da estudante e dona de casa, Cleomara Fernandes que acredita que haja especulação e que nem todos tenham saldo negativo cm estes aumentos repentinos.
  Mas como fugir do gasto excessivo sem perder o valor nutricional do alimento nem gastar além do que o orçamento permite? A professora e economista Maria Madalena Prybicz orienta com pequenas dicas para que o consumidor não precise pagar caro pelo mau tempo, “a população pode variar bastante na hora de comprar os produtos, não deixando que a pouca oferta seja a causa dos aumentos”, diz. Outro modo de driblar os altos custos é substituir os alimentos por outros da mesma família, “se a batata é muito cara, opte por batata doce ou cenoura por exemplo. Use somente as frutas da estação presente, procure sempre optar por frutas ou outras verduras que estejam em ofertas ou com preços reduzidos”, explica.
  A economista ainda alerta ao consumidor que exercite seu direito de fiscal e denuncie aos órgãos municipais caso identifique algum caso de aumento abusivo em relação aos preços destes alimentos. A professora ainda nos relembra ao fato de que “todos somos responsáveis por nossas economias domésticas ou das empresas - é bom sempre estar antenado com que está ocorrendo no mercado, mas nem sempre é somente o clima causador do aumento dos preços – existe especulação sobre o assunto o que gera expectativa na população – qualquer boato é motivo para especular e contribuir para que surja inflação”, finaliza.








Você Sabia?

Para acompanhar os altos e baixos dos preços das hortículas, entre outros produtos, a prefeitura de Curitiba disponibiliza dentro do seu site o Disque Economia. Um espaço de pesquisa voltado ao consumidor, onde ele pode procurar o produto desejado com o menor preço existente na cidade. Produtos de higiene, limpeza, alimentação e bebidas podem ser pesquisados por marca, região ou estabelecimento. Esta ferramenta poderá ajudar na árdua tarefa de pagar mais barato na hora de abastecer a dispensa. O gerente de um supermercado em São José dos Pinhais, Alexandre Gomes, acredita que quando os preços são altos todo mundo sai perdendo, o consumidor por que pode deixar de comprar e o estabelecimento que pode chegar a perder a mercadoria se não vender.