sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Parlamento juvenil reúne iniciantes na vida política

Jovens são selecionados através de suas ideias e seus ideais para representarem seus estados   


  A vida política e suas responsabilidades é coisa que diz respeito aos adultos, certo? Errado. Muitos jovens estudantes do mundo atual estão preocupados, e muito, com as questões que envolvem seu futuro. Luana do Rocio Furlan Marcelo, de 17 anos é um destes jovens. Luana foi selecionada no Programa Parlamento Juvenil através de um texto com o tema “O ensino médio que queremos” junto com mais outros 3 alunos dentre os 15 finalistas em todo o Paraná. Os selecionados foram para Brasília participar da segunda etapa, que escolheu um dos três para ir ao Uruguai, discutir sobre questões como promover a mobilização entre os jovens de ensino médio dos países participantes do Mercosul em torno da temática “O ensino médio que queremos”. Luana foi selecionada e dia 14 de outubro embarca para Motevidéu para representar o Paraná. Ela retorna no dia 17 do mesmo mês.
    A estudante, que está cursando o primeiro ano do segundo grau em um colégio estadual de Almirante Tamandaré, lamenta ter reprovado e tem muitos planos para o futuro, entre eles ser presidente do Brasil. Luana afirma que se sentiu sortuda por ter tido seu texto selecionado para o programa internacional que vai trazer conhecimentos para que possa atuar na vida política. Ela conta que teve somente um dia para fazer a dissertação e que foi muito elogiada pois foi objetiva e clara, expondo ideias e fazendo propostas. E como qualquer jovem, está nervosa com a viagem ao exterior.



Luana teve somente
 um dia para fazer a
 dissertação e foi 
muito elogiada

  


Luana, os colegas Diego D. M. Pinto e Messias D. Andrade, 
e o professor Ari Luis Jarczewski na segunda etapa, em Brasília

 O projeto Parlamento Juvenil do Mercosul segue o modelo do Parlasul e a comissão dos dois tem 126 membros, sendo 18 de cada país. Ana Beatriz Cabral, diretora de concepções e orientações curriculares para educação básica do MEC, contou mais detalhes sobre o programa. “Os países envolvidos, por meio de suas instâncias educacionais, mobilizaram estudantes e docentes, disponibilizaram material para discussão, elaboraram suas declarações nacionais e selecionaram representantes para, junto ao Parlasul, que ocorrerá em outubro no Uruguai, possam encaminhar um documento único para os parlamentares sobre o tema escolhido”. A continuidade do programa ainda depende do sucesso deste processo que está acontecendo. Ana explica que “a continuidade do Projeto será discutida na Presidência Pro Tempore do Mercosul no Paraguai, no próximo semestre, em que os países farão uma avaliação do projeto e traçarão estratégias para garantir sua permanência”.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fisioterapia abrindo caminhos

O direito de ir e vir não pode ser limitado pela deficiência...



O ser humano foi criado para ser livre e é acostumado a ser assim. Acostumado a se locomover por conta própria tão logo seus instintos o façam se sentir capaz. Inclusive este é um direito assegurado pela constituição brasileira, o direito de ir e vir. Mas quando a pessoa deixa de ser capaz de fazer isto por conta própria a ciência dá uma mãozinha. Sempre que se fala em portadores de necessidades especiais estamos falando de pessoas que precisam desta ajuda para que seu direito não seja limitado pela falta de condições.
A fisioterapia tem papel fundamental quando se trata da locomoção e da coordenação motora de pessoas com necessidades especiais. Ela faz com que o deficiente recobre parte ou toda a sua capacidade de locomoção, ajuda para que ele não tenha dores ou desconfortos. Normalmente quando se fala em fisioterapia se pensa logo em pessoas paraplégicas ou tetraplégicas, mas a especialidade ajuda também, e muito, aos deficientes visuais. Segundo a professora Andrea Pires Muller, mestre e diretora do curso de Fisioterapia da PUCPR, a pessoa ao adquirir a deficiência, precisa redimensionar seu espaço. Uma vez que a pessoa não enxerga, ela precisa ter maior controle de seus movimentos e assim poder ocupar o espaço de forma que não se machuque, nem esbarre em outras pessoas ou objetos.



O deficiente visual e a necessidade de redimensionar a estrutura
corporal após o trauma



A forma de percepção do deficiente se altera, e além de superar o trauma, ele precisa também se acostumar com a nova condição física. Fazer exercícios que o ambientem, e o tragam para esta nova realidade é fundamental para que o deficiente visual possa viver uma vida normal. Segundo a professora Andrea “o deficiente visual normalmente não procura a fisioterapia, mas sim promove adaptações na sua vida a fim de ter uma melhor noção de espaço”. Mas a fisioterapia pode a judar e muito nestes casos pois, como explica Andrea, “os estimulos propceptivos, que é o que faz com que tenhamos noção do espaço, no deficiente visual, ficam comprometido e ele não tem esta noção em função do não enxergar”. Com bastante treino e boa vontade do paciente, ele consegue melhorar a sua qualidade de vida e conviver com a nova condição, que limita por um lado, mas que desenvolve por outro, como o aumento na sensibilidade do tato e da audição. Com exercícios próprios para cada caso e estímulos para que ele tenha autoconhecimento da sua imagem corporal ele irá dominar seu espaço.