quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Fisioterapia abrindo caminhos

O direito de ir e vir não pode ser limitado pela deficiência...



O ser humano foi criado para ser livre e é acostumado a ser assim. Acostumado a se locomover por conta própria tão logo seus instintos o façam se sentir capaz. Inclusive este é um direito assegurado pela constituição brasileira, o direito de ir e vir. Mas quando a pessoa deixa de ser capaz de fazer isto por conta própria a ciência dá uma mãozinha. Sempre que se fala em portadores de necessidades especiais estamos falando de pessoas que precisam desta ajuda para que seu direito não seja limitado pela falta de condições.
A fisioterapia tem papel fundamental quando se trata da locomoção e da coordenação motora de pessoas com necessidades especiais. Ela faz com que o deficiente recobre parte ou toda a sua capacidade de locomoção, ajuda para que ele não tenha dores ou desconfortos. Normalmente quando se fala em fisioterapia se pensa logo em pessoas paraplégicas ou tetraplégicas, mas a especialidade ajuda também, e muito, aos deficientes visuais. Segundo a professora Andrea Pires Muller, mestre e diretora do curso de Fisioterapia da PUCPR, a pessoa ao adquirir a deficiência, precisa redimensionar seu espaço. Uma vez que a pessoa não enxerga, ela precisa ter maior controle de seus movimentos e assim poder ocupar o espaço de forma que não se machuque, nem esbarre em outras pessoas ou objetos.



O deficiente visual e a necessidade de redimensionar a estrutura
corporal após o trauma



A forma de percepção do deficiente se altera, e além de superar o trauma, ele precisa também se acostumar com a nova condição física. Fazer exercícios que o ambientem, e o tragam para esta nova realidade é fundamental para que o deficiente visual possa viver uma vida normal. Segundo a professora Andrea “o deficiente visual normalmente não procura a fisioterapia, mas sim promove adaptações na sua vida a fim de ter uma melhor noção de espaço”. Mas a fisioterapia pode a judar e muito nestes casos pois, como explica Andrea, “os estimulos propceptivos, que é o que faz com que tenhamos noção do espaço, no deficiente visual, ficam comprometido e ele não tem esta noção em função do não enxergar”. Com bastante treino e boa vontade do paciente, ele consegue melhorar a sua qualidade de vida e conviver com a nova condição, que limita por um lado, mas que desenvolve por outro, como o aumento na sensibilidade do tato e da audição. Com exercícios próprios para cada caso e estímulos para que ele tenha autoconhecimento da sua imagem corporal ele irá dominar seu espaço.

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