sexta-feira, 25 de março de 2011

Banana pra você!





Tenho falado para meus leitores, ora sobre cinema, ora sobre música, e agora resolvi juntar os dois. É provável que a maioria já conheça o filme ou a música sobre os quais eu vou falar um pouco, mas vale a pena ver e ouvir.


O video é um trecho do filme Os Fantasmas se Divertem de 1988, com direção e argumento de Tim Burton. O título original do filme, Beetle Juice, ou Besouro Suco, em português, faz referência ao personagem principal, um pequeno ser fantasmagórico que inferniza a vida da família que está chegando à casa recém comprada. 

Mas o pequeno diabinho, interpretado por Michael Keaton, não está sozinho, ele veio a pedido do casal Bárbara (Geena Davis) e Adam (Alec Baldwin), que ao morrerem em um acidente ficaram presos na casa como fantasmas e estão tentando fazer com que os novos moradores, que são ricos e arrogantes, fiquem assustados e saiam desta, que foi a casa de campo do casal enquanto eram vivos. 
A música apresentada, que faz parte da trilha original do filme, é de composição de  Alan Arkin, Bob Carey, Eric Darling e interpretada originalmente por Harry Belafonte. Super dançante e contagiante, a canção é pano de fundo para uma cena hilária, que deixa os moradores da casa assustados depois que suas lagostas entram na coreografia como mãos monstruosas. 
Winona Rider faz parte do filme, em uma de suas melhores atuações, como a filha adolescente do novo casal que os fantasmas estão tentando expulsar. O filme reserva boas risadas, mas contando com tecnologia referente a que poderia ser usada na época, então não exija muito. 

As crianças de hoje em dia com certeza sabem quem é Beetle Juice, que virou uma série de desenhos animados, mantendo as características do personagem criado para o longa-metragem. O título do post faz referência à letra da música, mas como não encontrei uma tradução coerente, não coloquei por aqui. Enjoy!

terça-feira, 22 de março de 2011

50 Aberturas inesquecíveis do Cinema

sábado, 19 de março de 2011

Quebra Cabeça, Gabriel O Pensador




Geralmente eu falo bastante de uma ou outra música, porém hoje eu quero falar de um álbum inteiro, que é muito bom.
É o Quebra Cabeça, do Gabriel O Pensador.
O cd tem 12 faixas, que como muitas outras músicas do Gabriel abordam temas polêmicos e tristes, como a morte precoce de um jovem inocente, a violência das balas perdidas, a falta de saúde para o povo. A lista é a seguinte:


01 PATRIA QUE ME PARIU
02 2345MEIA78
03 CACHIMBO DA PAZ
04 SEM SAUDE
05 PRA ONDE VAI
06 EN LA CASA
07 1 DOSE
08 DANCA DO DESEMPREGADO
09 EU E A TABUA
10 BALA PERDIDA
11 FESTA DA MUSICA
12 O SOPRO DA CIGARRA


Duas músicas em especial me chamam a atenção. Em primeiro lugar a 5ª faixa, Pra onde vai, que conta história de um garoto que foi assassinado, e a melodia envolve quem ouve, e faz sentir o que aquela família sentiu. Me faz lembrar da perda de uma pessoa também, que acabou morrendo num acidente, causado por si mesmo, mas que não deixou de ser violento e triste.

A outra canção é Dança do desempregado  que fez bastante sucesso nas rádios e fala da realidade do brasileiro pobre e desempregado, que acaba entrando em um mundo de criminalidade. Apesar de tratar do assunto com bom humor, o rapper chama a nossa atenção para uma realidade constante, mesmo que nós saibamos que a pobreza não deve ser usada como desculpa para roubar e matar, também sabemos que é justamente assim que o nosso país se torna violento, pela desigualdade. Poucos têm muito, enquanto muitos não tem quase nada. 

As demais faixas do disco só completam a genialidade das letras, como a 1 Dose, que conta com a participação de Frejat, e mostra outra triste realidade, a do alcoolismo. Ouça, mas não só por diversão...

sexta-feira, 18 de março de 2011

Corpos Celestes, tudo para ser bom, porém...

       



        A 7ª arte é com certeza uma das mais fascinantes, principalmente quando passamos a entender um pouco mais sobre o processo de produção como um todo. Agora, no 5º período da faculdade, a disciplina de cinema está ensinando isto e algo mais. Algo mais porque cada um já tem sua bagagem e repertório, então interpreta a cada lição de uma forma diferente. 
      Eu, por exemplo, entendo (por enquanto) que devemos sim nos envolver enquanto espectadores, já que a intenção do produto final, ou filme, é envolver o público e levá-lo a outro mundo ou até a outras dimensões, diferente do conselho que recebemos, de ver o filme de forma imparcial, somente como quem analisa um produto "comercializável".
     Fui ao cinema ontem, para assistir ao filme indicado pela professora da disciplina, o Corpos Celestes de Fernando Severo e Marcos Jorge, este que também foi responsável pelo filme Estômago. A trama acontece na cinzenta Curitiba e os personagens têm tudo para dar certo, começando pelo protagonista (Dalton Vigh), um homem que conseguiu um futuro graças a uma amizade proibida na infância, mas que mesmo assim não é feliz e sua namorada (Carolina Holanda) que como tantas outras personagens é voluptuosa e misteriosa. Além disso tudo, o protagonista ainda é obrigado a retornar às suas origens, nada muito surpreendente, já que esperávamos isto, pelo desenrolar do filme. 
       O problema é que a interpretação da criança (Rodrigo Cornelsen), que faz o protagonista na sua infância, não foi lá muito exemplar, e o roteiro conseguiu estragar o ritmo do filme, como um todo. Para terminar a tragédia, o final não esclarece muitos pontos, que ficaram até sub-entendidos, mas muito subjetivos, quase imperceptíveis e que sá duvidosos. Imaginei muitas coisas e já sei como não roteirizar meu curta metragem. Filmes assim são bons, por que ensinam o que não devemos fazer. O elenco contou ainda com Alexandre Nero, que por pouco não roubou a cena.
        Não foi à toa que a sala do cinema estava vazia. Infelizmente sou obrigada a sentir pena de quem ainda tem que ver a obra. Se eu puder um dia vou comprar os direitos do filme e refazê-lo, como um remake, mudando tudo que não gostei. Vai que consigo deixar ainda pior, nunca se sabe. O site oficial é CorposCeletes.com, caso você crie coragem ou seja muito curioso.




quarta-feira, 16 de março de 2011

The best of Glam Rock

Quando se fala em rock'n'roll todo mundo já lembra logo das bandas mais famosas, mas o cenário musical não é feito somente de sucessos de público generalizado. Não mesmo. Mas mesmo assim muita gente não conhece outras bandas e cantores que fizeram sucesso em alguns paises e com público quase que específico, como a competentíssima Suzi Quatro. Seu nome original era Susan Kay Quatrocchio, de descendência italiana, mas a família como um todo adotou o sobrenome reduzido, parecendo que se trata do número em português, mas na verdade não é. A mocinha do glam rock fez sucesso nos anos 70 com sua banda, e também participou de uma série americana de TV, a TV Happy Days, onde interpretou a líder de uma banda formada somente por mulheres. O seriado ficou no ar entre 1974 e 1984, fazendo com que seu nome se divulgasse ainda mais.
Mas mesmo tendo nascido nos Estados Unidos, Michigan, seu sucesso era maior na Europa, e no Brasil são poucos os que curtem as canções de Suzi e sua banda. Pra quem é de Curitiba ou RM, como eu, deve lembrar de Stumblin'in, interpretada por ela em parceria com Chris Norman, que toca sempre na Ouro Verde FM 105,50. Mas acho que a canção mais famosa dela por aqui é If you can't give me love, que inclusive ganhou uma versão nacional, mas sertaneja. Enfim... Eu gosto de quase todas, mas segue os vídeos destas duas para você conhecer um pouco mais da história do Glam Rock!


segunda-feira, 14 de março de 2011

The Moon - Brothers

E quem gosta de música, geralmente gosta de um ou outro gênero. Comigo tem espaço para tudo. Uma hora ou outra vocês me "verão" falando até de João Mineiro e Marciano, mas o papo agora é baladinha.

E esta é das antigas, na verdade, eu mesma nunca saí para dançar quando era solteira e nem costumava tomar muitos porres, mas esta do "Brothers" estava sempre na lista de reprodução quando tinha alguma coisa lá em casa com a turma do colégio. Bons tempos, boas recordações. Segue o vídeo, para matar as saudades. Quem nunca ensaiou passinhos em grupo que atire a primeira pedra.

domingo, 13 de março de 2011

Os Incríveis - O Milionário





Gosto bastante de falar sobre música por aqui, então para não fugir à regra hoje trago mais uma das antigas. Ontem encontrei a versão original da romântica Se Seu Amor Fosse Pra Mim interpretada pelo Trio Melodia, na época da Jovem Guarda. Como eu a encontrei? Na discografia do Elvis que tenho no PC, ela se 
chama For Lovin Me, e é muito bonita, como quase tudo na voz dele. 

Mas hoje quero apresentar para quem não conhece, e matar as saudades de quem conhece, de uma banda brasileira que também fez sucesso lá pelos anos 60 e 70. Eles são Os Incríveis, banda formada por Domingos Orlando, "Mingo", Waldemar Mozema, "Risonho", Antônio Rosas Seixas, "Manito", Luiz Franco Thomaz, "Netinho"Demerval Teixeira Rodrigues, "Neno" e Lívio Benvenuti Júnior ou "Nenê", que fizeram sucesso com o hit "Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones".
 Para conhecer ou ouvir e baixar seus discos acesse Um Que Tenha, um blog especializado em música nacional, muito bom por sinal. 
Mas continuando, hoje eu quero falar de uma música em especial, que claro, como tantas outras me traz muitas lembranças. É a canção O Milionário. Veja o vídeo.


Baladinha romântica bem ao melhor estilo Jovem Guarda. Quantos anos eu tenho? Não, eu não curti isso aí em festinhas de garagem. Curti este som na sala da casa onde agora vive a minha mãe, quando tinha a idade da minha filha, em velhos e bons discos de vinil. Hoje já tenho no PC, para ouvir com qualidade e nitidez, mas a sensação de que meu pai vai entrar pela porta e dançar comigo enquanto me apóio sobre seus pés é inevitável. Para fechar o domingo com chave de ouro!

A seleção que eu escutava eram as faixas do disco que leva o mesmo nome da música apresentada, "O Milionário" de 1965, e continha além desta os títulos La Yenka, Cavalgada, Geronimo, Honky Tonk Song, Amor Perdido, Flamenco, Tic Ti Tic, Do Re Mi, Anel de Diamante e Não há Você. 

Como a maioria das bandas e cantores da época, algumas da canções eram versões em português de músicas que já faziam sucesso em outros idiomas. inclusive a canção O Milionário, que apesar de ser somente instrumental, tinha seu nome em inglês e quando regravada este foi modificado.

sábado, 12 de março de 2011

Música Gospel, só para quem tem bom gosto...

Quando estávamos no primeiro ano de faculdade, o nosso amado professor de redação (sem ironias) nos deu a tarefa de ler "A Sangue Frio" de Truman Capote. Um título imprescindível a qualquer jornalista, desde que este se aprofunde um pouco mais na história tão fascinante que há por trás de tantas páginas de suspense. Mas hoje eu quero comentar um fator, somente um, no livro todo, que me deixou ainda mais intrigada.

Se eu citar agora aquelas pessoas que adoram ouvir hinos de igreja e se sentem "santas" e "puras" por isso você não vai entender. Mas eu explico. Depois do livro eu passei a ter certeza de uma teoria que se formava na minha mente. De que não basta só ouvir músicas religiosas ou as chamadas "gospel", para que a pessoa se torne um ser humano de bem.

No livro, Dick e Perry seguem até a cidade onde moram os Clutter, a fim de matar a todos, e, entre outras coisas, ficarem com a suposta pequena fortuna que eles guardavam em um cofre em casa. Sim, eles eram ladrões e assassinos, e agora que já dei um rápido apanhado sobre o desenrolar do livro reportagem, baseado em fatos reais eu vou dizer afinal o que me intrigou.

Os assassinos, mais precisamente Perry, cantava canções religiosas, que por sinal eu conheci na voz de Elvis. Músicas muito bonitas. Quando li a estrofe no livro, que relatava ser apenas uma das tantas que Perry entoava em seu caminho de atrocidades. Depois de ler que  um dos assassinos de uma família inteira cantava música gospel, muita coisa se explicou para mim.

E minha teoria, de que somos o que somos e não o que fingimos ser, se confirmou. Você não será salvo apenas por entoar hinos de igreja, se depois disso fizer coisas que não gostaria que fossem feitas com você. Pense nisto. A musica é linda, então segue o video e a letra, para conhecerem-na. E na oportunidade, leiam o livro, é muito bom!

In The Garden







I come to the garden alone
While the dew is still on the roses
And the voice I hear falling on my ear
The song of God discloses

And He walks with me
And He talks with me
And He tells me I am his own
And the joy we share as we tarry there
None other has ever known

He speaks and the sound of His voice
Is so sweet the birds hush their singing
And the melody that He gave to me
Within my heart is ringing

And He walks with me
And He talks with me
And He tells me I am his own
And the joy we share as we tarry there
None other has ever known








quinta-feira, 10 de março de 2011

Depois da folia...

Todo mundo bebeu, se divertiu e já está doido pelo próximo feriado, certo?

Errado. Para muitas famílias o carnaval não passou de uma tragédia, já que mais de 200 delas perderam seus entes queridos em acidentes de trânsito. Ao todo foram 213 mortos contabilizados nas estradas federais durante o feriado de carnaval, o que engloba os dias de sábado até quarta-feira de cinzas. Ao todo foram 70 mortos a mais do que o mesmo período de 2010, ou seja, aumento de quase 48%. É possível que o ser humano regrida ao invés de progredir? Pelo jeito sim. Mesmo com tantas campanhas contra a velocidade e a alcoolemia ao volante, ainda assim os números de acidentes nas estradas só aumentam, e por vezes pessoas inocentes morrem por que tiver a infelicidade de cruzarem com um motorista desleixado.

As autoridades apelam, pedem, fazem campanhas, mas cada um parece que só aprende quando sofre as consequências na própria pele. É uma pena que tenha que ser assim. Enquanto a tecnologia nos ajuda, a intolerância humana nos leva cada vez mais para o nível de 3º mundo. Escrevo este para tentar sensibilizar pelo menos mais um, para que não seja um causador de dor e tristeza, e que este sensibilize mais um, e assim possamos fazer uma corrente. Para ler uma matéria completa sobre os números resultantes da folia desmedida acesse g1.com.



quarta-feira, 9 de março de 2011

A presença feminina no cinema e sua influência

O cinema, assim como a fotografia, busca retratar a realidade. Guiado por esse contexto, acaba criando padrões de beleza e vestimenta, tornando-se uma forte ferramenta de marketing, que só seria percebida muitos anos após sua criação. O cinema pode ser um documento da época em que foi gravado, já que, principalmente nos primeiros tempos, retratatava os medos, tradições e hábitos.

Theda Bara
A primeira grande mulher do cinema, foi a atriz Theda Bara (anagrama em inglês de ‘morte árabe’), que atuou de 1914 a 1926. Para torná-la mais atraente ao público, uma série de boatos circulavam na época: diziam que ela era filha de um artista francês e uma egípcia, que havia nascido no deserto do Saara e que possuía poderes sobrenaturais, além de a associarem à magia negra. Theda alimentava essa fama, recebendo os jornalistas que a entrevistavam com uma serpente de estimação à tiracolo e diversos incensos perfumados no ambiente. A atriz é considerada o primeiro sex symbol do cinema, e os seus mais importantes papéis foram em ‘Escravo de uma Paixão’ (1915) e ‘Cleopatra’ (1917).

Mary Pickford
Oriunda do cinema mudo, Mary Pickford foi considerada a primeira “Queridinha da América”. Figurando mais em colunas sociais do que a maioria das atrizes da época, Mary se tornou um sucesso entre o público, e por muito tempo pode escolher os roteiros, diretores e co-estrelas com quem iria trabalhar, além de receber um ótimo salário. Apesar de não ter obtido resultados satisfatórios no cinema falado, ela continuou em alta, graças ao casamento por aparências que mantinha com Douglas Fairbanks, um figurão de Hollywood.

Na década de 30, a presença feminina no cinema se tornou ainda mais expressiva, graças a atrizes como Greta Garbo, Katharine Hepburn, Marlene Dietrich e Mae West. Além de impressionarem pelo talento, todas elas eram verdadeiros colírios para os olhos, em especial Greta, sempre magra e bronzeada, e West, que em 1938 serviria de inspiração para a estilista Elsa Schiaparelli, que lançou um perfume com o formato do busto da atriz.

Greta Garbo
Mae West
Marlene Dietrich

Dietrich, além de encantar por sua imagem glamourosa, chamava a atenção pelo seu posicionamento político: apesar de ser alemã, ela recusou uma generosa proposta para trabalhar em filmes que faziam apologia ao regime de Hitler.

Mae West também não se contentou em ser apenas um corpo bonito, e passou a atuar cada vez mais em filmes em que podia brincar contrastando sua sensualidade com a ironia de ser condicionada ao papel de mulher fatal. Essa insolência combinava com a depressão econômica que atravessava os Estados Unidos na época, trazendo consigo descrença nos valores morais tradicionais. 







A contribuição da mulher no cinema pode ter começado de forma modesta, mas nunca foi restrita como no teatro. E desde seus primeiros registros têm influenciado e encantado não apenas a moda, mas também os hábitos. A universalidade do cinema, presente nos dias de hoje, só aumenta essa influência e proporciona mais força à sétima arte.

Haruo Ohara no MON

Autoretrato - Bambuzal do Sítio Tomita, 1953



O imigrante japonês que chegou ao Brasil com penas 17 anos, foi uma das figuras mais importantes no campo da fotografia nacional, registrando seu trabalho na agricultura, sua família e sua vida no Norte do Paraná, principalmente na cidade de Londrina. O Museu Oscar Niemeyer está com a exposição de suas imagens e até com alguns objetos pessoais, como a Carteira Nacional de Habilitação de Haruo, fazendo apaixonados por fotografia descobrirem um pouco mais sobre os segredos da arte, e ainda contando um pouco mais da história de imigrantes, que como Haruo Ohara, vieram ao Brasil à procura de uma vida melhor. As imagens são do Acervo Instituto Moreira Sales, e a exposição está programada para ficar disponível até o dia 27 de março de 2011, na Torre da Fotografia, no MON. Para quem não conhece a arte segue uma pequena amostra, mas a dica é, visite a exposição, com certeza vale à pena.



Filhos de Haruo Ohara
Umeji, avó de Haruo, com chamisen. 1941


Os primeiros registros cinematográficos da História



   Diversas invenções oriundas de pesquisas sobre os fenômenos visuais foram essenciais para a criação da ilusão do movimento, denonimada cientificante como persistência da visão. O médico inglês Peter Mark Roget, em 1824, foi um dos primeiros a descrever esta ilusão de movimento. Uma destas invenções que culmiram no cinema como cohecemos hoje surgiu no  século 17, quando o padre alemão Athanasius Kircher criou um mecanismo com uma lente capaz de projetar imagens de transparências em uma tela, utilizando como fonte de luz de uma vela. 

   Após o conjunto de tecnologias que resultaram nas câmeras e projetores dos irmãos Lumière, os filmes foram exibidos em teatros de variedades, feiras, em casas de óperas e de música. Em 1896, foi construído em New Orleans, no sul dos Estados Unidos, a primeira sala exclusiva para exibição de filmes. Os empresários americanos Harry Davis e John P. Harris, criaram os primeiros locais específicos para exibição de filmes – os Nickelodeon, em 1907. O nome é uma junção da palavra nickel [5 centavos de dólar] combinado com "Odeon", a palavra grega para teatro.

terça-feira, 8 de março de 2011

O dia, ou os dias da mulher...





    Pode parecer feminismo, mas mesmo assim vou expressar o que penso sobre ser mulher. Vou começar falando sobre minha visão do mundo masculino. Sim, ainda se fazem homens, não como antigamente, pois aqueles sim eram mais machistas e machões, se é que compreendem a diferença. Os homens de hoje em dia são divididos em algumas categorias, e eu conheço somente três: Os que são bons para suas esposas, os solteiros e os que fingem ser durões, e para estes últimos a dica é, se solta, pode ter certeza, suas esposas irão se orgulhar de você.

Para falar sobre o dia da mulher é preciso voltar no tempo, e saber porque este dia foi dedicado a nós. A data é marcada para que nos lembremos da violência e discriminação sofridos durante muitos anos, e até os dias de hoje. Mas todos os dias as mulheres se esforçam para serem cada vez melhores e alcançarem lugares de sucesso perante a sociedade. Você sabia que o salário feminino ainda é menor do que o dos homens? Independente de ser mulher ou não, se o trabalho é desempenhado com capacidade e eficiência o valor pago por ele deveria ser o mesmo, mas nem sempre o é. 

E na verdade existe também áreas de trabalho onde a mulher se destaca e por consequência quem sofre a discriminação são eles, mas isso é coisa muito recente e não dá para chamar de conquista, já que é mais um exemplo de segregação. Eu costumo dizer uma frase, que pode não soar muito bem aos ouvidos de muito, mas que ainda assim eles acabam concordando. As mulheres podem fazer quase tudo o que os homens fazem, e de salto alto! 

Vantagem? Não, exigência do mundo feminino. Uma mulher, esposa e dona de casa dos anos '10 se vê obrigada a trabalhar, estudar, ser bonita e competente, e ainda, deve ser magra, para que a sociedade a idolatre. Eu não quero idolatria, quero reconhecimento. Sou bonita por que meu marido diz que sou assim. Sou competente por que minha trajetória me mostra, e estudar é obrigação de todo o ser humano para consigo mesmo, se ele quiser chegar em algum lugar na vida. Portanto o dia da mulher é uma data para ser comemorada, mas em companhia dos homens, que são parte fundamental da nossa vida. Afinal a mulher dá à luz, mas se não houver um "Y", nada feito...

segunda-feira, 7 de março de 2011

O Turista, bom ou ruim?



Acabo de ver o longa estrelado pela dupla Jolie e Depp. Depois de me deslumbrar com as paisagens e quase me surpreender com o final, fui ler algumas críticas sobre O Turista. Do diretor Florian Henckel von Donnersmarck, o filme foi um fracasso de bilheteria nos EUA, e por aqui, se agradou, foi somente aos ingênuos, ou então àqueles como eu, que se deixam envolver pela trama, mesmo que ela nem seja tão boa assim. Eu particularmente não achei que este foi um dos melhores filmes que já vi, mas também não classifico como ruim. Digamos que passaríamos sem ele, só. Se isso é ser ruim, então o filme realmente poderia ser bem melhor. Enfim. Há rumores de que o resultado não foi dos melhores por causa da falta de entrega de Johnny Depp ao papel, já que sua companheira Vanessa Paradis, não se mostrou anda contente com a parceria entre ele e a belíssima Angelina Jolie. Eu discordo, já que Depp se diz amigo da família Pitt, mas, não temos como saber, e ciúme de mulher é sempre ciúme de mulher. O filme ainda está em cartaz, e para quem espera bastante ação a dica é ficar em casa. Se você já viu nos conte sua opinião!




Ãh!?




Outra bela canção, que na verdade tem a beleza de tentar abrir os olhos da juventude bitolada, é a Ãh do Gabriel O Pensador. A letra, feita por ele em parceria com Itaal Shur, é uma crítica clara ao modismo, à falta de ideias próprias, à falta de criatividade, enfim, dá uma olhada lá na letra, e como no post anterior, tire suas próprias conclusões. A musica é a terceira faixa do disco "Seja você mesmo, mas não seja sempre o mesmo", que também tem Pega Ladrão e É pra rir ou pra chorar. Ouço e recomendo! No site gabrielopensador.com você pode ouvir as músicas on-line, com boa qualidade!


Ãh - Gabriel O Pensador/Itaal Shur

Eu não sei quem inventou essa mania e nem sei o que seria esse "ãh".
Eu só sei que eu acordei no outro dia e só ouvia todo mundo dizer ãh.
Eu nem sabia que existia essa palavra ou esse nome ou o que quer que seja ãh.
E de repente vi que toda a minha gente enfiou na sua mente o tal do ãh.
Tranqüilamente fui lá na padaria e falei bom dia, responderam ãh.
Comprei um pão e fui ver televisão, só que na programação só tinha ãh.
Fui pro estádio assistir a um futebol e a torcida só gritava: "ãh! ãh!"
Liguei o rádio pra ouvir os comentários e era "ãh-ãh-ãh-ãh-ãh-ãh-ãh".
Cheguei em casa, o meu amigo me ligou, eu disse alô, ele disse ãh.
Ele me falou duma festinha recheada de gatinha, eu disse ah... hmm... Ãh!!
Cheguei na festa e realmente tava bom, mas o som...
Uma garota me deu mole e começou o bate-papo: "ah? ãh! ãh..."
Fomos lá pra casa e aí ãh, perguntei se ela ãh, ela veio e "ãh"...

Por isso eu digo "ãh!"
Everybody say "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh!", eu também quero falar... ãh...
Por isso eu digo "ãh!"
Vem dizer comigo: "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh", então eu digo ãh... ah, sei lá!

Fui pra escola e esqueci a minha cola, e na prova eu respondia tudo ãh.
O professor me falou alguma coisa que eu não entendi porque não era ãh.
Voltei pra casa meio ãh, e o guarda me pegou com uma ãh, e falou que eu ia ãh.
"Peraí, seu guarda, eu posso explicar"
- "Então explica!"
- "É que... ãh..."
E o meu pai ficou sabendo e já veio me dizendo que eu era muito ãh.
Eu disse "pai, ãh, pai, mas pai, ãh, pai..."
- "Cê tá me respondendo, meu filho?!"
- "Ô, pai, ãh!!"
Meu pai nunca me escuta e pra mostrar quem é que manda ainda faz aquela cara meio ãh.
Eu resolvi fazer uma banda que é pra ver se alguém me escuta! O nome dela é Ãh.
O nosso som é uma mistura de ãh com ãh, e a nossa postura é ãh!
Acho que vai ser o maior sucesso, mas não sei se vai ser bom fazer sucesso, que o sucesso é meio ãh.
Hoje eu já falei com um, ãh, jornalista, que na hora da entrevista perguntou:
- "Porque 'Ãh'?"
- Ah... Por que 'Ãh'? Ah, Ãh por que ãh!
Se você não entendeu, sinto muito mas ãh...

Refrão

Tava tudo indo muito bem, porque eu só falava ãh, escutava ãh e pensava ãh.
Tudo como manda o figurino, as meninas e os meninos, todo mundo repetindo ãh.
Parecia muita hipocrisia, porque todo mundo repetia e nem sabia o que era "ãh".
Tão fazendo a gente de robô, só não sei quem programou.
Quando eu percebi eu disse: "ô-ôu!"
Foi aí que todo mundo olhou pra mim, só pra ver o quê que eu ia dizer.
Foi aquele olhar assim bem ãh, de quem quer ouvir um "ãh", só que aí em vez de "ãh" eu disse "Be"!
Depois dessa resposta muita gente deu as costas, e até quem me adorava hoje fala que não gosta.
Eu até tentei compreender o "ãh", mas quando eu falei do "Be" ninguém tentou me entender.
É porque pra eles é o "ãh", tem que ser o "ãh", pelo jeito vai ser ãh a vida toda.
Se você quiser saber, depois do B já vem o C, e tem o D e tem o E e com o F eu digo foi.

Por isso eu digo "ãh!"
Everybody say "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh!", eu também quero falar "Be"!
Por isso eu digo "ãh!"
Vem dizer comigo: "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh", então eu digo foi...
Por isso eu digo "ãh!"
Everybody say "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh!", eu também quero falar "Be"!
Por isso eu digo "ãh!"
Vem dizer comigo: "ãh!"
Se todo mundo fala "ãh", então eu digo Foda-se

Qual é a cura para todo mal?

No primeiro post que fiz neste mês eu fiz referência às boas músicas antigas e cheguei a comentar que hoje em dia está difícil de encontrar coisas boas. Pois bem, para provar que elas existem aqui está mais um post. Hoje quero falar sobre boas letras dos nosso ótimos cantores e compositores brasileiríssimos, que por sinal fazem um belo retrato da nossa realidade. O primeiro de hoje é o hit Uh Uh Uh, La La La, Ie Ie! do Pato Fu. Esta bela canção, como quase todas da banda, tem uma batida dançante, mas chama a atenção mesmo pela letra, composta por John Ulhoa, que também trabalha como produtor de outros bons nomes nacionais. Para não contaminar os leitores com a minha opinião, seguem o VideoClipe e a letra, para cada um entender sobre o que estou falando.




Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Pato Fu

Composição: John Ulhoa


As pessoas têm que acreditar
Em forças invisíveis pra fazer o bem
Tudo que se vê não é o suficiente
E a gente sempre invoca o nome de alguém


Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Ié Ié!


Acho muito caro que ele tá pedindo
Pra eu ter muito mais sorte menos azar
Acho muito pouco o que tenho no bolso
Pra ver o sol nascer não tem pagar


Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Ié Ié!


É certo que milagre pode até existir
Mas você não vai querer usar
Toda cura para todo o mal
Está no Hipoglós, no Merthiolate, Sonrisal
Quem tem a paz como meta
Quem quer um pouco de paz
Que tire o reboque que espeta
O carro de quem vem atrás


É certo que milagre pode até existir
Mas você não vai querer usar
Toda cura para todo o mal
Está no Hipoglós, no Merthiolate, Sonrisal
Quem tem a paz como meta
Quem quer um pouco de paz
Que tire o reboque que espeta
O carro de quem vem atrás


Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Uh Uh Uh, La La La, Ié Ié!
Ié Ié!

domingo, 6 de março de 2011

Mortos Vivos invadem o centro da cidade





A manchete pode até assustar, mas na verdade estou falando do Zombie Walk, que acontece todos os anos desde o ano 2000. O "desfile" faz parte da comemoração paralela ao carnaval, o Psycho Carnival, que é um festival de rock, obviamente feito para aqueles que não curtem o samba e a folia dos bambas. A concentração da massa zumbizenta acontece na Boca Maldita, sempre no domingo de carnaval, neste ano, no dia 06, e segue chamando a atenção até as Ruínas do Largo da Ordem onde várias bandas os esperam para os shows programados. O meu irmão, e sua turma de zumbis estavam se maquiando agora há pouco e já pegaram seu rumo para assustarem a todos que cruzarem seus caminhos no trajeto. Para os melhores zumbis o festival oferece premiações. A caminhada dos mortos-vivos em direção às Ruinas começou às 15h do dia 06 de março de 2011, e geralmente consegue um contingente de mais de 400 pessoas.Curitiba fica sangrenta, mas num bom sentido. Bom Psycho Carnival a todos!




sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval e outras histórias





Ontem falei aqui um pouco sobre a história de um dos protagonistas do nascimento do blues, o Sr. Otis Redding, e hoje vou ao lado completamente oposto. Isto porque my boss, que mais parece um colega de trabalho, me ensinou um capítulo muito especial da história do samba. Falou-me ele sobre Braguinha, também conhecido pelo apelido de João de Barro, muito lembrado nesta época, de folias carnavalescas. Eu, como a maioria dos que lêem este texto, já conhecia algumas de suas músicas, sem saber ao certo quem as tinha escrito. Ao saber quais eram as composições, me lembrei dos tempos em que passava as férias na casa de minha avó materna e ouvia suas músicas preferidas em discos de vinil. 

Dançava no assoalho da sala, por vezes cheia dos batons vermelhos, para se parecer com uma das tão famosas “cantoras do rádio”. Não que elas usassem batons vermelhos, mas para uma criança qualquer adereço é motivo de caracterização. Alguns ainda estarão se perguntando, afinal que músicas são estas. São muitas. A maioria delas são marchinhas de carnaval, como a famosa Chiquita Bacana, que é inconfundível e Cantores do rádio. Braguinha também fez canções em choro, toada e samba-canção, como a inesquecível Carinhoso, fruto de uma parceria dele com Pixinguinha. 

Além de Pixinguinha, suas composições contavam com parceiros como Antonio Almeida, Alberto Ribeiro, Lamartine Babo e Noel Rosa. O João de Barro também ficou na história dos contos infantis, já que é o autor das canções Quem tem medo do lobo mau, do conto “Os três porquinhos” e Pela Estrada, de “Chapeuzinho Vermelho”, além de muitas outras. Inclusive o final da história do conto da Chapeuzinho Vermelho foi modificado por ele, já que na historia original a vovozinha não era salva, e na versão conhecida atualmente o caçador a retira viva de dentro da barriga do lobo. Tudo em favor do politicamente correto. 
Para conferir a lista completa das canções e versões feitas por este mestre acesse braguinha.ag.com.br


Estrelas na terra

Há algum tempo atrás, uns três ou quatro anos mais ou menos, eu fui visitar meu pai em sua casa, no município de Indaial, SC. Quando voltei de lá trouxe mudas de algumas plantinhas que a esposa dele cultivava, e uma delas, um cacto que dei para minha mãe, este mês nos surpreendeu. Depois de tanto tempo, o pequeno cacto que se mostrou forte, deu duas flores. As flores são bem grades e causa estranhamento e curiosidade pelo seu formato e textura. Elas são grandes como a mão de um homem adulto aberta, têm 5 pétalas forradas por pelinhos finos, e seu botão é tão grande que dá impressão de que a planta não vai suportar o peso. Depois de ver aquela flor tão bonita desabrochar, fui procurar saber seu nome. Ela se chama Stapelia Gigantea e é originária da África do Sul. Floresce normalmente no verão, e nos surpreendeu justamente porque já estava conosco há dois ou três verões, e só agora nos deu o privilégio de observar e admirar pessoalmente a beleza de suas flores. Minha mãe fotografou a planta, e trago as fotos para que vocês a conheçam. Ela tem algumas características próprias, como atrair moscas, gosta de muito sol ou meia-sombra, e pode ser encontrada em floriculturas especializadas. Seu nome usual é Stapelia ou Flor-estrela. 





quinta-feira, 3 de março de 2011

Para Música boa não tem hora certa, sempre é tempo


As belas músicas que nos rodeiam nem sempre estão disponíveis, mas algumas, graças a Deus e à tecnologia, podemos encontrar em canais como o YoutubeThe Dock of the Bay, de Otis Redding, é uma destas relíquias que temos a oportunidade de conhecer, mesmo que não faça parte da nossa época musical, que por sinal, infelizmente nos reserva poucas coisas de qualidade.
Infelizmente quando esta bela canção estourou nas paradas americanas, o cantor de Soul nascido nos Estados Unidos, já havia falecido, em 1968.
Entre as músicas que foram magistralmente gravadas por ele, estão "These Arms of Mine", "Mr. Pitiful", "I Can't Turn You Loose", "(I Can Get No) Satisfaction", que ficou conhecida com Rolling Stones e "Respect", interpretada depois por Aretha Franklin, outra musa do blues e do soul.
Otis Redding nasceu na Georgia em setembro de 1941 e faleceu em dezembro de 1967, com apenas 26 anos, em um acidente aéreo, que levou o cantor e compositor junto de sua banda de apoio, The Bar-Keys.
Para os fãs do berço do rock'n'roll, ou do R&B fica a boa música que ele nos deixou.