sexta-feira, 4 de março de 2011

Carnaval e outras histórias





Ontem falei aqui um pouco sobre a história de um dos protagonistas do nascimento do blues, o Sr. Otis Redding, e hoje vou ao lado completamente oposto. Isto porque my boss, que mais parece um colega de trabalho, me ensinou um capítulo muito especial da história do samba. Falou-me ele sobre Braguinha, também conhecido pelo apelido de João de Barro, muito lembrado nesta época, de folias carnavalescas. Eu, como a maioria dos que lêem este texto, já conhecia algumas de suas músicas, sem saber ao certo quem as tinha escrito. Ao saber quais eram as composições, me lembrei dos tempos em que passava as férias na casa de minha avó materna e ouvia suas músicas preferidas em discos de vinil. 

Dançava no assoalho da sala, por vezes cheia dos batons vermelhos, para se parecer com uma das tão famosas “cantoras do rádio”. Não que elas usassem batons vermelhos, mas para uma criança qualquer adereço é motivo de caracterização. Alguns ainda estarão se perguntando, afinal que músicas são estas. São muitas. A maioria delas são marchinhas de carnaval, como a famosa Chiquita Bacana, que é inconfundível e Cantores do rádio. Braguinha também fez canções em choro, toada e samba-canção, como a inesquecível Carinhoso, fruto de uma parceria dele com Pixinguinha. 

Além de Pixinguinha, suas composições contavam com parceiros como Antonio Almeida, Alberto Ribeiro, Lamartine Babo e Noel Rosa. O João de Barro também ficou na história dos contos infantis, já que é o autor das canções Quem tem medo do lobo mau, do conto “Os três porquinhos” e Pela Estrada, de “Chapeuzinho Vermelho”, além de muitas outras. Inclusive o final da história do conto da Chapeuzinho Vermelho foi modificado por ele, já que na historia original a vovozinha não era salva, e na versão conhecida atualmente o caçador a retira viva de dentro da barriga do lobo. Tudo em favor do politicamente correto. 
Para conferir a lista completa das canções e versões feitas por este mestre acesse braguinha.ag.com.br


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