sexta-feira, 18 de março de 2011

Corpos Celestes, tudo para ser bom, porém...

       



        A 7ª arte é com certeza uma das mais fascinantes, principalmente quando passamos a entender um pouco mais sobre o processo de produção como um todo. Agora, no 5º período da faculdade, a disciplina de cinema está ensinando isto e algo mais. Algo mais porque cada um já tem sua bagagem e repertório, então interpreta a cada lição de uma forma diferente. 
      Eu, por exemplo, entendo (por enquanto) que devemos sim nos envolver enquanto espectadores, já que a intenção do produto final, ou filme, é envolver o público e levá-lo a outro mundo ou até a outras dimensões, diferente do conselho que recebemos, de ver o filme de forma imparcial, somente como quem analisa um produto "comercializável".
     Fui ao cinema ontem, para assistir ao filme indicado pela professora da disciplina, o Corpos Celestes de Fernando Severo e Marcos Jorge, este que também foi responsável pelo filme Estômago. A trama acontece na cinzenta Curitiba e os personagens têm tudo para dar certo, começando pelo protagonista (Dalton Vigh), um homem que conseguiu um futuro graças a uma amizade proibida na infância, mas que mesmo assim não é feliz e sua namorada (Carolina Holanda) que como tantas outras personagens é voluptuosa e misteriosa. Além disso tudo, o protagonista ainda é obrigado a retornar às suas origens, nada muito surpreendente, já que esperávamos isto, pelo desenrolar do filme. 
       O problema é que a interpretação da criança (Rodrigo Cornelsen), que faz o protagonista na sua infância, não foi lá muito exemplar, e o roteiro conseguiu estragar o ritmo do filme, como um todo. Para terminar a tragédia, o final não esclarece muitos pontos, que ficaram até sub-entendidos, mas muito subjetivos, quase imperceptíveis e que sá duvidosos. Imaginei muitas coisas e já sei como não roteirizar meu curta metragem. Filmes assim são bons, por que ensinam o que não devemos fazer. O elenco contou ainda com Alexandre Nero, que por pouco não roubou a cena.
        Não foi à toa que a sala do cinema estava vazia. Infelizmente sou obrigada a sentir pena de quem ainda tem que ver a obra. Se eu puder um dia vou comprar os direitos do filme e refazê-lo, como um remake, mudando tudo que não gostei. Vai que consigo deixar ainda pior, nunca se sabe. O site oficial é CorposCeletes.com, caso você crie coragem ou seja muito curioso.




3 comentários:

  1. Pois eu amei o filme! Foram justamente as dúvidas não sanadas que mexeram comigo... Gosto de ficar nas reticências. E vê lá: um dos nossos comentários ao deixar a sala de exibição foi “pô, e o piazinho que atua bem pra caramba??”. Ainda por cima, ri muito do inglês da Carolina..haha. Mas vai saber né. Gosto é gosto ;)

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  2. Justamente! Também rimos do "You Wait Here" dela... hehe... Acredito que seja esta a questão de haver público para quase tudo que há no mundo! Que bom pra nós, já que cada um vai atuar de uma forma diferente, e se Deus quiser, há de haver público para nossas produções também! (Que por sinal, na nossa ótica sempre serão "boas idéias") Muito Obrigada pelos comentários, Ana e Fernanda!

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