sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Verdade ou mentira...

O caldo de informações pode conter alguns caroços

A malha cibernética dos códigos binários e sua infinita ordenação que montam e remontam as informações é a segunda maior fonte de informação e de troca dela, em todo o mundo. No Brasil uma pesquisa encomendada pela Máquina da Notícia ao VoxPopulli apontou a TV na liderança do fornecimento de informações com 55,9%, e a internet em segundo com 20,4%. Sendo assim o consumidor que ficava somente em frente às telas somente absorvendo informações, já não é um simples anônimo, ele tem a opção de se expressar livremente através de seu blog, ou Twitter. Mas também não poderá ainda ser considerado um profissional de comunicação, se não tiver a formação necessária. A grande concentração de atenções neste mundo maravilhoso da internet nos conduz a erros e acertos. É quase que de uma facilidade infantil, escreve-se o tema desejado na barra central e “shazam!”, surgem milhões de resultados. Quais deles vão realmente trazer aquilo que procuro? Quais são de fontes confiáveis? Existem muitos que são a mera opinião de quem escreveu. Outros são mesmo informações falsas e até caluniosas.

A democratização do espaço virtual trouxe uma enxurrada de coisas sem nexo, todo mundo quer falar o que pensa. Poucos trazem embasamento para tanto. O conceito de verificação e checagem das informações que tanto é incentivado aos jornalistas não é um hábito entre alguns blogueiros e twitteiros, por exemplo. Alguns deles acabam por repassar sem muita preocupação tudo aquilo que escutam, que lêem, ou que “ficam sabendo”. Quem perde com isso? A sociedade, talvez, ou eles mesmos, que uma hora ou outra vão acabar saindo desta situação de forma não muito agradável. Como ocorreu no caso em que Rubens Barrichello abriu um processo contra o Google, em 2006, exigindo que os perfis falsos da rede Orkut que estivessem relacionados a ele fossem retirados.

A sociedade perde com isso? Sim, claro que perde. Quando existe o repasse de uma quantidade enorme de informações que mal se pode distinguir o bom do ruim, o certo do errado, a situação fica complicada. O espectador não consegue digerir aquilo que está recebendo e então não processa a mensagem que realmente deveria absorver, mas sim só um monte de informações que o confundem cada vez mais. Existem teorias “da conspiração” por parte de alguns céticos de que isto é tática para manter o povo ocupado, como a TV que mostra milhões de propagandas barulhentas e coloridas, que hipnotizam o consumidor e o convence de que ele precisa daquilo para viver. Pode ser que seja. Pode ser que não. Acredito que depende de quem está do lado de cá da telinha ou do monitor. Você tem discernimento para absorver o que importa para você, o que é real? Ou vai acreditar que tudo que você lê, assiste ou escuta é verdade?

Renato Vinicius Filipov, pós-graduado em engenharia de software pelo ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica) fez um alerta para a veracidade das informações em seu blog recentemente. Segundo ele é preciso ter olhar crítico para poder identificar o falso e o verdadeiro. No blog Renato conta que a defesa do Google no caso do processo de Rubens Barrichello apresentou a afirmação de que eles somente disponibilizam a ferramenta, mas não se responsabiliza previamente pelo conteúdo publicado. Textos, vídeos, perfis falsos, notícias, e até o site Wikipédia, que serve como uma “Barsa” já tem aquela fama de não-confiável. Se for precisar da informação para algo mais sério é melhor checar para não haver complicações. 

Na dúvida não (acredite) publique! 

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