Este é o nome do longa-metragem que decupamos e analisamos para um trabalho de faculdade, na disciplina de cinema. Devo dizer que não me considero uma crítica da sétima arte, mas tenho vontade de falar um pouco sobre este, que é um dos melhores filmes de Quentin Tarantino.
Já no começo do filme nos surpreendemos com a mistura agridoce da canção "The Green Leaves Of Summer", interpretada por Nick Perito & His Orchestra, com a cena em que o Coronel Hans Landa visita a casa de Perrier LaPadite à procura de judeus, e os acha.
O filme é como um filho à imagem e semelhança de Tarantino, mantém as características de verborragia e uso excessivo de violência, além de diálogos muito bem escritos e roteiro não-linear, o que para alguns pode confundir, mas para a grande maioria é a sacada do cinema atual.
O filme se passa durante a Segunda Grande Guerra e conta a história de Shosanna Dreyfus, do Tenente Aldo Raine, também conhecido como Aldo o Apache e do Coronel Hans Landa. Shosanna (Melanie Laurent) é a sobrevivente do primeiro ataque de Landa mostrado no filme, quando, na casa de LaPadite ele fuzila sua familia que se escondia no porão. Ela foge e se torna Emanuelle Mimieux, dona de um grande cinema em Paris, onde mais tarde acontecerá o desfecho do filme.
O Tenente Aldo (Brad Pitt) é um militar incumbido de exterminar os nazistas e acabar com a guerra, e para isso ele não mede esforços e uso de violência, deixando claro que cada um de seus oito recrutas lhe deve 100 escalpos nazistas. Aldo se torna o terror dos soldados alemães. Ao capturar um soldado que não pode matar, Aldo faz questão de deixar sua marca: uma suástica feita à faca em sua testa para que, mesmo sem uniforme, este seja reconhecido como nazista.
O Coronel Landa (Christoph Waltz) é um nazista peculiar e ao mesmo tempo típico. Tarantino colocou em seu personagem toda a acidez do sarcasmo e a comédia pastelão que era possível, na medida para que o personagem não se tornasse fútil. Landa é também perspicaz e astuto, e em determinado momento é possível dizer que ele reconhece Emanuelle Mimiex como Shosanna, já que a oferece um copo de leite, que foi o que ele mesmo bebeu momentos antes de exterminar sua família, mas esta desconfiança não se confirma.
O enredo do filme, que tem duas horas e meia de duração, prende a atenção de forma que não se sente o tempo passar, e tudo que queremos é saber se Shosanna e Aldo conseguem colocar seus planos em prática para acabar com a alta cúpula de nazistas que estarão reunidos no cinema dela. Cada um com um plano diferente, porém os dois com a mesma intenção: exterminar Hitler e sua corja.
As surpresas reservadas para o final e os diálogos travados em alguns momentos da história completam a beleza cinematográfica da produção. A pós-produção é a confirmação de identidade, ou a marca registrada de Tarantino, com indicações dos nomes dos personagens feita em letras grandes e chamativas ou então com fontes rabiscadas e que incorporam o movimento que a cena exige.
Bastardos Inglórios foi premiado com o Oscar, o Globo de Ouro, o Festival de Cannes e o Bafta de Melhor ator coadjuvante pela atuação de Christoph Waltz, o que já era de se esperar, pela forma como ele encarnou o Coronel Landa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário